Pensento em sala de aula #2

Usar sociologia e a filosofia como a base mínima para o conhecimento da estrutura social e da condição humana, as outras ciências virão como um complemento, uma especialização do conhecimento do individuo de acordo com seus interesses.

Com a base filosófica e socióloga, poderemos comparar o que sabemos com o que é visível, o que não é visível  e o que poderia ser. O problema se inicia a partir do momento em que as ciências e técnicas são as bases e as Filo/Socio são complementos opcionais. Para alguns, acaba se tornando difícil o conhecimento desse tipo ser absorvido em um período tão curto do ensino médio e a vida se torna ocupada demais para ser opção.

As artes também são de extrema importância para a criação de uma sensibilidade. A essência humana, e o sentir que talvez supere até a religião, vem da arte. A arte seria parceira das ciem cias pensadas criticamente e a melhor amiga da expressão humana.

A arte então, seria a identidade tanto do grupo quanto do individuo. A forma mais segura de sentir e fazer sentir.  Deve-se fazer parte do cotidiano não como algo que deve ser apenas aprendido, mas que deve ser vivido em todas as suas formas e culturas. Fica obvio o que digo quando se repara a diferença entre um texto qualquer cientifico sobre as grades guerras e o poema ” A Rosa de Hiroshima”.

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa daAa rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada

Vários versos

Dizem existir

um mundo interior

onde é guardado

memórias, emoções

e me pergunto, será?

como seria o meu

como poderia existir

um mundo tão vazio

um mundo tão cheio

com tanto sol

mas também tanto frio

com tantas tempestades

e calmarias tão calmas

 

Uma noite à sonhar

estava eu no mundo meu

boiava olhando o céu

sentindo o profundo

e assustador mar

que me aceitava como amigo

sem réu nem léu.

considerava ele,

minha calma uma irmã

e talvez também, pensei

minhas tempestades um igual

 

E assim o conheci

meu mundo interior

cuja emoções e memórias

estão hora profundas

afundadas no mar amigo

hora voantes

como estrelas.

como vento.

como sol.

 

E assim meu mundo

poderia eu dar um mergulho?

uma terra encontraria

ao nadar, ou apenas

mais profundo mar?